Outros hinos previamente enviados pelo Pr. Darly Pagung e que, com sua permissão postamos também aqui os links.
Por serem arquivos de vídeo e de boa qualidade, são bastante grandes. Mas também úteis.
Hino dos Leigos (Departamento Masculino da IELB)
Hino das Servas (Departamento Feminino da IELB)
Qualquer dúvida, crítica, contribuição ou elogio entre em contato com o pastor Darly.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Todos os arquivos
Aqui você encontra links para todos os arquivos necessários para executar a Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro. São diversas versões.
Note que alguns tons foram modificados para ficar mais fáceis de cantar.
Para não confundir com a melodia da Ordem do Culto Principal 2, que consta dos hinários, deveriam ser tocadas e cantadas no mesmo tom. Assim, mesmo alternando uma vez a OCP2 outra esta liturgia, a memória musical seria preservada.
Seguem os arquivos todos:
Liturgia para congregação - colorida
Liturgia para congregação - preto e branco
Liturgia para músicos - colorida
Liturgia para músicos - preto e branco
Liturgia para o pastor
Estes mesmos estudos estão postados diretamente no blog, caso queira ler primeiro.
Ofício de encaminhamento
Estudo 1 - [Link da Postagem]
Anexo do Estudo 1 - [Link da Postagem]
Estudo 2 - [Link da Postagem]
Estudo 3 - [Link da Postagem]
Estudo 4 - [Link da Postagem]
Note que alguns tons foram modificados para ficar mais fáceis de cantar.
Para não confundir com a melodia da Ordem do Culto Principal 2, que consta dos hinários, deveriam ser tocadas e cantadas no mesmo tom. Assim, mesmo alternando uma vez a OCP2 outra esta liturgia, a memória musical seria preservada.
Seguem os arquivos todos:
Liturgia para congregação - colorida
Liturgia para congregação - preto e branco
Liturgia para músicos - colorida
Liturgia para músicos - preto e branco
Liturgia para o pastor
Estes mesmos estudos estão postados diretamente no blog, caso queira ler primeiro.
Ofício de encaminhamento
Estudo 1 - [Link da Postagem]
Anexo do Estudo 1 - [Link da Postagem]
Estudo 2 - [Link da Postagem]
Estudo 3 - [Link da Postagem]
Estudo 4 - [Link da Postagem]
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Anexo
Publico também o Anexo aos estudos e o Ofício de encaminhamento enviado às congregações do Distrito Rio de Janeiro. Este último, apenas em arquivo doc.
A LITURGIA COMUM do DRJ - Anexo do Estudo 1
1. O espaço: Não precisamos construir catedrais de mármore ou granito. Mas precisamos empenhar-nos por um local para os nossos cultos que transmita algo do amor de nosso Deus, que tanto fez por nós e que deseja acolher-nos na sua comunhão para nos fortalecer. O espaço onde nos reunimos para o culto deve ser acolhedor e, ao mesmo tempo, indicar quem nos acolhe.
2. O crucifixo ou a cruz: em posição central, que atrai o olhar do participante do culto, é um testemunho claro sobre a fé e a doutrina que habitam nesta casa. Na igreja cristã, e por isso na igreja luterana, está em evidência a palavra do apóstolo Paulo de 1 Co 2. 2 “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.”
3. O altar em posição central como o crucifixo, normalmente em um plano elevado, é a mesa onde Jesus Cristo com seu corpo e sangue, sob os elementos visíveis da Santa Ceia, se faz presente para nós. Toalhas limpas, paramentos trabalhados e nas cores litúrgicas, flores e velas querem destacar este lugar onde Deus marca a sua presença real no sacramento e de onde ele nos assegura o perdão dos pecados. Quando encontramos no altar também a Escritura Sagrada, somos lembrados da importância da Palavra de Deus para a fé da sua igreja.
4. Os vasos da Santa Ceia têm o seu lugar no centro da mesa. Na celebração da Santa Ceia são os portadores do corpo e sangue de Cristo e, por isso, merecem todo cuidado. Fora dos momentos da celebração da Santa Ceia, são normalmente cobertos, lembrando que neste tempo e neste mundo conseguimos enxergar a Deus somente de maneira velada e que na celebração da Santa Ceia Jesus Cristo se faz presente para os comungantes, não de maneira racional, mas sacramental. Isto é, de forma misteriosa e milagrosa, mas real.
5. O púlpito fica normalmente também num plano elevado da nave da igreja, e é o lugar da proclamação do Evangelho e da Palavra de Deus pelos ministros chamados e ordenados. Não havendo uma estante própria, também as leituras bíblicas do culto e as mensagens de “culto de leitura” poderão ser feitas do púlpito. Ele é também o lugar próprio para a Bíblia aberta, que de fato é usada no culto e que não serve somente como uma preciosa relíquia.
6. A pia batismal ou batistério, também chamada de fonte batismal é, junto com o altar e o púlpito, o objeto mais importante na igreja. Considerando que o Batismo é um meio da graça, instituído por Deus e que integra as pessoas na família de Deus, a pia batismal e o seu suporte (de preferência fixo) ocuparão um lugar marcante e permanente no templo, servindo-nos também como lembrança constante do nosso batismo, de suas bênçãos e da dinâmica de uma vida santificada.
7. As posições que tomamos durante o culto têm o seu significado:
A congregação rende culto a Deus: em pé - para glorificar a Deus, orar e testemunhar a fé; sentados - para receber a instrução da palavra, meditar sobre ela e aprofundá-la com o nosso cantar;
O oficiante / pastor: ao entrar para o culto pela “nave” da igreja evidencia que é pastor chamado da congregação e que os ministros de Cristo normalmente surgem de dentro do povo de Deus. Na hora da confissão ele ministra no mesmo nível da congregação para lembrar que também é pecador. Nos cantos (no primeiro banco da nave), na adoração e na oração ministra voltado para o altar, na mesma direção como os participantes do culto; ele não “virou as costas” para a comunidade! Esta impressão equivocada pode ser evitada quando o altar fica afastado da parede, que é uma antiga tradição litúrgica, de maneira que o oficiante possa ministrar atrás do altar, nos momentos de adoração, oração e celebração da Santa Ceia.
Quando o pastor está voltado para a congregação, saudando a congregação, oferecendo a Palavra de Deus, celebrando os sacramentos e abençoando a congregação, ele age como substituto de Cristo e em seu lugar (cf. Lc 10.16; Jo 20.21 e Apologia da CA Art. VII e VIII, pg. 182 do Livro de Concórdia).
8. O ajoelhar-se expressa humildade, arrependimento, respeito, adoração, entrega e consagração. É a posição recomendada para a confissão de pecados, para cerimônias de ordenação e instalação de ministros, para bênçãos especiais como confirmação e casamento. Há muitas congregações luteranas onde se recebe a Santa Ceia de joelhos ou onde a congregação se ajoelha na hora da consagração e durante o canto do “Ó cordeiro de Deus”. É recomendado, também, para as orações individuais, antes do culto ou depois da participação da Santa Ceia.
9. Traçar o sinal da cruz sobre pessoas, objetos e elementos é o símbolo da dedicação e consagração a Deus e da bênção do Deus Triúno. Lutero recomenda no catecismo fazer o sinal da cruz no início de nossas orações diárias. O sinal da cruz lembra o nosso batismo quando nos tornamos filhos e filhas de Deus e a nossa união com Cristo, crucificado por nós. Pelos ministros é usado regularmente no batismo, na absolvição, na Santa Ceia e na bênção. Como se faz o sinal da cruz? Quando é cada um sobre si mesmo, é da fronte ao peito, depois do lado direito para o lado esquerdo, podendo a mão pousar por um instante sobre o coração.
10. As Leituras Bíblicas fazem a comunidade ouvir a Palavra de Deus. É o momento de maior dignidade e atenção no culto – como o momento do sermão - quando se evita tudo que possa distrair a concentração dos participantes. Nada é mais importante do que aquilo que Deus nos tem a dizer. A leitura deve ser bem preparada e acontecer de maneira que todos possam entender bem a Palavra do Senhor. Na leitura do texto os leitores devem omitir os títulos escritos pelos editores da Bíblia. O Evangelho normalmente é lido pelo oficiante principal do culto.
11. As vestes litúrgicas: (talar / alba / túnica) que os oficiantes do culto usam, não são obrigatórias, mas têm sua origem no culto do Antigo Testamento e na tradição litúrgica da igreja cristã. Servem para embelezar o culto e tem principalmente a função de encobrir o individuo e o que caracteriza o ser humano(,) para, assim, ressaltar a função sacerdotal do servo de Cristo que administra os meios da salvação.
12. As velas acesas no culto nos lembram que a luz é um símbolo de Deus. Jesus "é a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem". Jo 1.9; 8.12
Além disso, as velas se consomem pelo fogo. Isso nos lembra de como nosso Salvador se sacrificou para nos redimir e de como nós devemos sacrificar-nos em servir ao nosso próximo. Lembra também que em todo o nosso agir devemos deixar brilhar a nossa luz “para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” Mt 5.16. O candelabro também é uma referência ao símbolo das igrejas do livro de Apocalipse (cf. Ap 1.20). O número de velas tem seu significado: uma vela = Deus Uno; duas velas = duas naturezas de Cristo (verdadeiro Deus e verdadeiro homem); três velas = a Trindade; sete velas = é ´número da igreja cristã (Deus – 3 e humanidade – 4).
13. As flores e folhagens na igreja são objetos de decoração. Servem para embelezar a casa de Deus. São uma expressão da beleza e bondade de Deus. Simbolizam também a nossa alegria espiritual, a nossa devoção e gratidão, dedicação e reverência ao nosso Deus e à sua casa. De preferência, devem ser naturais e as cores, na medida do possível, deveriam combinar com a cor litúrgica da época; não devem desviar a atenção ou encobrir os elementos essenciais do altar. Mesmo em ocasiões especiais, como casamento ou confirmação, não se transforma o altar numa "tenda de flores”.
14. Os paramentos (antepêndios) são os panos coloridos que usamos no altar e no púlpito. Convidam-nos a meditar sobre as bênçãos que Deus nos oferece através da palavra e dos sacramentos e nos lembram da nossa missão. Através da sua cor sinalizam a época do ano litúrgico e os seus símbolos transmitem artigos básicos da fé cristã.
15. As principais cores litúrgicas e seu significado e uso:
Branca: Pureza, vitória, alegria, paz, Cristo; a cor é usada nos grandes festas de Cristo: Natal, Epifania, Páscoa, Batismo e Ascensão de Cristo e Trindade;
Vermelha: fogo, fervor, sangue, Espírito Santo; a cor é usada para Pentecoste, festividades da igreja, ordenações , dias de mártires ;
Verde: vida, crescimento, natureza, criação, Deus Criador; a cor é usada nos domingos que enfatizam a ação e o crescimento da igreja (especialmente nos períodos após / de Pentecostes e Epifania).
Roxa ou violeta: humilhação, penitência e arrependimento; a cor é usada na Quaresma, é uma alternativa também para a época de Advento.
Azul: céu, esperança; a cor é usada da época de Advento. Quando a ênfase está na penitência e o arrependimento costuma-se usar a cora roxa.
Preta: ausência de cor, humilhação, tristeza, luto; a cor é usada na Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa.
16. A liturgia do Culto Luterano sugere que todos participem dele do início até o fim.
Para a composição deste anexo foram usadas varias fontes da Literatura e de Manuais sobre o Culto Luterano em Português e Alemão. Principais autores: David Karnopp; Friedrich Kalb; Gert Kelter; Oscar Lehenbauer; Ralph Bente.
K. H. G. Auel.
Anexo estudo 1
Ofício
A LITURGIA COMUM do DRJ - Anexo do Estudo 1
Informações úteis que ajudam a participar do culto luterano.*
1. O espaço: Não precisamos construir catedrais de mármore ou granito. Mas precisamos empenhar-nos por um local para os nossos cultos que transmita algo do amor de nosso Deus, que tanto fez por nós e que deseja acolher-nos na sua comunhão para nos fortalecer. O espaço onde nos reunimos para o culto deve ser acolhedor e, ao mesmo tempo, indicar quem nos acolhe.
2. O crucifixo ou a cruz: em posição central, que atrai o olhar do participante do culto, é um testemunho claro sobre a fé e a doutrina que habitam nesta casa. Na igreja cristã, e por isso na igreja luterana, está em evidência a palavra do apóstolo Paulo de 1 Co 2. 2 “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.”
3. O altar em posição central como o crucifixo, normalmente em um plano elevado, é a mesa onde Jesus Cristo com seu corpo e sangue, sob os elementos visíveis da Santa Ceia, se faz presente para nós. Toalhas limpas, paramentos trabalhados e nas cores litúrgicas, flores e velas querem destacar este lugar onde Deus marca a sua presença real no sacramento e de onde ele nos assegura o perdão dos pecados. Quando encontramos no altar também a Escritura Sagrada, somos lembrados da importância da Palavra de Deus para a fé da sua igreja.
4. Os vasos da Santa Ceia têm o seu lugar no centro da mesa. Na celebração da Santa Ceia são os portadores do corpo e sangue de Cristo e, por isso, merecem todo cuidado. Fora dos momentos da celebração da Santa Ceia, são normalmente cobertos, lembrando que neste tempo e neste mundo conseguimos enxergar a Deus somente de maneira velada e que na celebração da Santa Ceia Jesus Cristo se faz presente para os comungantes, não de maneira racional, mas sacramental. Isto é, de forma misteriosa e milagrosa, mas real.
5. O púlpito fica normalmente também num plano elevado da nave da igreja, e é o lugar da proclamação do Evangelho e da Palavra de Deus pelos ministros chamados e ordenados. Não havendo uma estante própria, também as leituras bíblicas do culto e as mensagens de “culto de leitura” poderão ser feitas do púlpito. Ele é também o lugar próprio para a Bíblia aberta, que de fato é usada no culto e que não serve somente como uma preciosa relíquia.
6. A pia batismal ou batistério, também chamada de fonte batismal é, junto com o altar e o púlpito, o objeto mais importante na igreja. Considerando que o Batismo é um meio da graça, instituído por Deus e que integra as pessoas na família de Deus, a pia batismal e o seu suporte (de preferência fixo) ocuparão um lugar marcante e permanente no templo, servindo-nos também como lembrança constante do nosso batismo, de suas bênçãos e da dinâmica de uma vida santificada.
7. As posições que tomamos durante o culto têm o seu significado:
A congregação rende culto a Deus: em pé - para glorificar a Deus, orar e testemunhar a fé; sentados - para receber a instrução da palavra, meditar sobre ela e aprofundá-la com o nosso cantar;
O oficiante / pastor: ao entrar para o culto pela “nave” da igreja evidencia que é pastor chamado da congregação e que os ministros de Cristo normalmente surgem de dentro do povo de Deus. Na hora da confissão ele ministra no mesmo nível da congregação para lembrar que também é pecador. Nos cantos (no primeiro banco da nave), na adoração e na oração ministra voltado para o altar, na mesma direção como os participantes do culto; ele não “virou as costas” para a comunidade! Esta impressão equivocada pode ser evitada quando o altar fica afastado da parede, que é uma antiga tradição litúrgica, de maneira que o oficiante possa ministrar atrás do altar, nos momentos de adoração, oração e celebração da Santa Ceia.
Quando o pastor está voltado para a congregação, saudando a congregação, oferecendo a Palavra de Deus, celebrando os sacramentos e abençoando a congregação, ele age como substituto de Cristo e em seu lugar (cf. Lc 10.16; Jo 20.21 e Apologia da CA Art. VII e VIII, pg. 182 do Livro de Concórdia).
8. O ajoelhar-se expressa humildade, arrependimento, respeito, adoração, entrega e consagração. É a posição recomendada para a confissão de pecados, para cerimônias de ordenação e instalação de ministros, para bênçãos especiais como confirmação e casamento. Há muitas congregações luteranas onde se recebe a Santa Ceia de joelhos ou onde a congregação se ajoelha na hora da consagração e durante o canto do “Ó cordeiro de Deus”. É recomendado, também, para as orações individuais, antes do culto ou depois da participação da Santa Ceia.
9. Traçar o sinal da cruz sobre pessoas, objetos e elementos é o símbolo da dedicação e consagração a Deus e da bênção do Deus Triúno. Lutero recomenda no catecismo fazer o sinal da cruz no início de nossas orações diárias. O sinal da cruz lembra o nosso batismo quando nos tornamos filhos e filhas de Deus e a nossa união com Cristo, crucificado por nós. Pelos ministros é usado regularmente no batismo, na absolvição, na Santa Ceia e na bênção. Como se faz o sinal da cruz? Quando é cada um sobre si mesmo, é da fronte ao peito, depois do lado direito para o lado esquerdo, podendo a mão pousar por um instante sobre o coração.
10. As Leituras Bíblicas fazem a comunidade ouvir a Palavra de Deus. É o momento de maior dignidade e atenção no culto – como o momento do sermão - quando se evita tudo que possa distrair a concentração dos participantes. Nada é mais importante do que aquilo que Deus nos tem a dizer. A leitura deve ser bem preparada e acontecer de maneira que todos possam entender bem a Palavra do Senhor. Na leitura do texto os leitores devem omitir os títulos escritos pelos editores da Bíblia. O Evangelho normalmente é lido pelo oficiante principal do culto.
11. As vestes litúrgicas: (talar / alba / túnica) que os oficiantes do culto usam, não são obrigatórias, mas têm sua origem no culto do Antigo Testamento e na tradição litúrgica da igreja cristã. Servem para embelezar o culto e tem principalmente a função de encobrir o individuo e o que caracteriza o ser humano(,) para, assim, ressaltar a função sacerdotal do servo de Cristo que administra os meios da salvação.
12. As velas acesas no culto nos lembram que a luz é um símbolo de Deus. Jesus "é a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem". Jo 1.9; 8.12
Além disso, as velas se consomem pelo fogo. Isso nos lembra de como nosso Salvador se sacrificou para nos redimir e de como nós devemos sacrificar-nos em servir ao nosso próximo. Lembra também que em todo o nosso agir devemos deixar brilhar a nossa luz “para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” Mt 5.16. O candelabro também é uma referência ao símbolo das igrejas do livro de Apocalipse (cf. Ap 1.20). O número de velas tem seu significado: uma vela = Deus Uno; duas velas = duas naturezas de Cristo (verdadeiro Deus e verdadeiro homem); três velas = a Trindade; sete velas = é ´número da igreja cristã (Deus – 3 e humanidade – 4).
13. As flores e folhagens na igreja são objetos de decoração. Servem para embelezar a casa de Deus. São uma expressão da beleza e bondade de Deus. Simbolizam também a nossa alegria espiritual, a nossa devoção e gratidão, dedicação e reverência ao nosso Deus e à sua casa. De preferência, devem ser naturais e as cores, na medida do possível, deveriam combinar com a cor litúrgica da época; não devem desviar a atenção ou encobrir os elementos essenciais do altar. Mesmo em ocasiões especiais, como casamento ou confirmação, não se transforma o altar numa "tenda de flores”.
14. Os paramentos (antepêndios) são os panos coloridos que usamos no altar e no púlpito. Convidam-nos a meditar sobre as bênçãos que Deus nos oferece através da palavra e dos sacramentos e nos lembram da nossa missão. Através da sua cor sinalizam a época do ano litúrgico e os seus símbolos transmitem artigos básicos da fé cristã.
15. As principais cores litúrgicas e seu significado e uso:
Branca: Pureza, vitória, alegria, paz, Cristo; a cor é usada nos grandes festas de Cristo: Natal, Epifania, Páscoa, Batismo e Ascensão de Cristo e Trindade;
Vermelha: fogo, fervor, sangue, Espírito Santo; a cor é usada para Pentecoste, festividades da igreja, ordenações , dias de mártires ;
Verde: vida, crescimento, natureza, criação, Deus Criador; a cor é usada nos domingos que enfatizam a ação e o crescimento da igreja (especialmente nos períodos após / de Pentecostes e Epifania).
Roxa ou violeta: humilhação, penitência e arrependimento; a cor é usada na Quaresma, é uma alternativa também para a época de Advento.
Azul: céu, esperança; a cor é usada da época de Advento. Quando a ênfase está na penitência e o arrependimento costuma-se usar a cora roxa.
Preta: ausência de cor, humilhação, tristeza, luto; a cor é usada na Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa.
16. A liturgia do Culto Luterano sugere que todos participem dele do início até o fim.
*Para uso interno no DRJ.
Para a composição deste anexo foram usadas varias fontes da Literatura e de Manuais sobre o Culto Luterano em Português e Alemão. Principais autores: David Karnopp; Friedrich Kalb; Gert Kelter; Oscar Lehenbauer; Ralph Bente.
K. H. G. Auel.
Anexo estudo 1
Ofício
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Estudo 4
Aqui o quarto e último estudo sobre a Liturgia.
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
23. Ofertório: Escolhemos este canto, que costumamos chamar de “Ofertório” como hino de preparação para a celebração da Santa Ceia. Necessitamos de maneira especial da ação do Espírito Santo para fortalecer a nossa fé e nos preparar para este encontro com o nosso Salvador, que se dá a nós por meio do sacramento do Altar. Depois de o oficiante preparar os utensílios da Santa Ceia, ele saúda novamente a congregação marcando este novo ponto alto do Culto, quando Deus quer nos servir por meio da dádiva da Santa Ceia.
24. Prefácio e Santo: O “Prefácio” e o “Santo” são possivelmente os cânticos mais antigos usados na liturgia da Santa Ceia. O Prefácio consiste de três partes: um Convite, uma Ação de Graças e um ato de Adoração que culmina com o canto do “Santo”. Com o convite: “Levantem os seus corações” somos lembrados que pela participação do culto ao Deus Triúno, que tem a sua imagem perfeita na adoração eterna e celestial, os nossos corações, isto é o nosso corpo e a nossa alma não podem ficar apegados às coisas passageiras deste mundo passageiro. Pela fé nos entregamos ao Senhor e damos graças por todas as bênçãos recebidas, enaltecendo o seu glorioso nome, aguardando assim, com grande expectativa, o culto eterno e celestial. Principalmente damos graças a Deus (eucaristia) pela salvação recebida, por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, que celebramos na Santa Ceia até Jesus voltar.
O “Santo, Santo, Santo” é o canto dos anjos que o profeta Isaías presenciou da liturgia celestial (Is 6.3) e que já fazia parte do Culto do templo em Jerusalém e na sinagoga. Este canto é combinado com a aclamação de Jesus em Jerusalém (Mt 21.9; Sl 118.25.26) e nos lembra de que na Santa Ceia estamos na presença do Eterno Deus que, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, o Ressuscitado, vem ao nosso encontro.
25. Pai Nosso: Haveria melhor oração a ser pronunciada neste momento do que aquela que o Senhor Jesus Cristo mesmo ensinou? É a oração que abrange céu e terra e cada um de nós em todas as suas necessidades. É a oração da mesa pela qual suplicamos “pão, perdão e libertação” inclusive o “pão celestial que Jesus prometeu dar pela vida do mundo” (cf. Jo 6. 51).
26. Consagração: O pastor chamado e ordenado para este ministério pronuncia as palavras da instituição da Santa Ceia assim como o apóstolo Paulo as recebeu do Senhor e como as transmitiu à igreja (1 Co 11.23-25).
A consagração é o ato pelo qual o pão e o vinho, que foram preparados e que estão no altar, por meio das palavras da instituição se tornam portadores do corpo e do sangue de Cristo “por nós”. Isto é e permanece sendo um milagre; certamente o maior milagre que possamos experimentar neste mundo: a partir da consagração podemos ter a certeza da presença real do corpo e do sangue de Cristo nos elementos que serão distribuídos.
Como as Palavras próprias de Cristo da Instituição, que o ministro pronuncia em seu nome, são decisivas para operar este milagre, elas são pronunciadas de maneira que todos possam entendê-las, pois não são palavras mágicas, mas um breve sumário de todo o evangelho.
Quando o ministro depois da consagração eleva a pátena com as hóstias e o cálice com o vinho ele não convida para a adoração dos elementos e muito menos quer oferecê-los para Deus, como se fossem um sacrifício. Este gesto quer lembrar que Jesus deu o seu corpo e seu sangue por nós e ele nos convida para recebermos este dom da salvação na Santa Ceia para o perdão dos nossos pecados, para o fortalecimento da nossa fé e para fortalecer a nossa comunhão com ele e com os irmãos.
27. Paz do Senhor: Jesus Cristo selou a paz entre Deus e os homens sacrificando o seu corpo e derramando o seu sangue na cruz. Ao celebrarmos a Santa Ceia Deus quer nos assegurar novamente esta paz por meio dos seus ministros (Jo 20.21). Esta mesma paz a congregação reunida deseja também ao seu pastor e os que receberam esta paz querem compartilhá-la com o seu semelhante.
O uso do “ósculo santo” ou “beijo de irmão”( NTLH cf. Rm 16.16 e 1 Co 16.20) fazia parte de liturgias da igreja dos primeiros séculos da era cristã. Com o nosso aperto de mão ou abraço, da mesma forma, podemos hoje expressar e reafirmar a paz e a comunhão que Jesus Cristo nos conquistou e nos concede na Santa Ceia. Cada participante do culto poderá cumprimentar assim as pessoas ao redor, desejando: “A paz do Senhor esteja com você”.
Para pessoas visitantes, que ainda não são membros da igreja poderemos dizer: “Venha integrar-se nesta comunhão também, para que possa ter certeza desta paz!” O pastor cumprimenta eventuais auxiliares do culto que estão próximos, pessoas nos primeiros bancos e eventualmente pessoas com necessidades especiais. Esta saudação na Paz do Senhor expressa também que nada impede a nossa plena comunhão e paz com Cristo e com os irmãos.
Deve-se cuidar para que neste momento alegre de compartilhar a Paz concedida não se perca de vista o Senhor da Paz, presente em nosso meio, e que espera e merece toda a nossa atenção, o qual quer nos saciar com o seu corpo e sangue para que tenhamos eterna paz.
28. Cordeiro de Deus: Propomos uma outra versão do texto que é uma tradução melhor do Grego e do Latim (Jo 1.29), por oferecer mais clareza e ter mais sonoridade ao ser cantado.
Este canto de aclamação e adoração a Cristo, que tem sua base no evangelho, recorda também a mensagem profética de Isaías 53, que em Jesus Cristo se cumpriu. Ao mesmo tempo aponta para as referências a Cristo como o Cordeiro vencedor nas liturgias que o livro Apocalipse revela (Ap 5.6 etc.) Durante o canto todos os participantes do culto estão novamente voltados para o Altar.
29. Distribuição: Celebramos a Santa Ceia para lembrar o que Cristo fez por nós, mas principalmente para distribuir e receber o corpo e o sangue de Cristo que ele oferece para assegurar-nos perdão, vida e salvação. Assim com a fé que se apega às Palavras de Cristo e com alegria distribuímos e recebemos estas dádivas maravilhosas.
O ensino do apóstolo Paulo sobre a Santa Ceia (1 Co 10. 16,17; 11. 17 – 32) é bem claro no sentido de que a participação deste sacramento exige fé verdadeira nas Palavras de Cristo, ligadas à Santa Ceia. Também não resta nenhuma dúvida de que, desde a primeira celebração no cenáculo em Jerusalém, esta celebração pressupõe fé verdadeira e comunhão com o próprio Salvador e comunhão com os irmãos nesta mesma fé, que toda a liturgia expressa. Por isso, na igreja luterana, assim como foi a regra na igreja cristã por muitos séculos, distribuímos a Santa Ceia apenas a cristãos que receberam a necessária instrução sobre a fé cristã e especificamente sobre a Santa Ceia e que estão em comunhão com a nossa igreja. Este cuidado devemos ao Senhor Jesus Cristo que incumbiu a sua igreja de administrar os meios da graça e de cuidar para ninguém “comer e beber para o seu próprio castigo” (1 Co 11. 29).
A distribuição pode acontecer de várias formas: formando grupos em torno do altar; em fila contínua; em pé ou ajoelhado. Importante é que os comungantes, ao receberem os elementos abençoados possam ouvir as palavras que não deixam nenhuma dúvida de que estão recebendo o corpo e o sangue de Cristo. O fundo musical ou o canto durante a distribuição tem um caráter meditativo. Não deve dificultar a comunicação no altar, mas favorecer a meditação, a alegria e o agradecimento em relação às dádivas da Santa Ceia.
Os utensílios da Santa Ceia merecem antes, durante e depois do seu uso todo o cuidado bem assim como as hóstias e o vinho que restaram.
V. Despedida
30. Despede-nos, Senhor: este canto entoamos depois que o oficiante cobriu novamente os utensílios (vasos) da Santa Ceia. Em verdade é o canto que Simeão entoou (Lc 2. 25-32) depois de segurar o menino Jesus, em seus braços. É um canto muito belo e apropriado neste momento por relacionar a Santa Ceia com a encarnação de Jesus. Ele expressa “plenitude de satisfação e realização espiritual pelo recebimento individual e pessoal das promessas de Deus” (O. Lehenbauer, pg. 94), testemunhando também Cristo como Salvador de todos os povos. Inclinamos a nossa cabeça e adoramos o Deus Triúno: “Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo...”
31. Ação de Graças: Iniciamos a Ação de Graças com o responsório (1 Co 11. 26). Ele nos lembra de uma das finalidades da celebração da Santa Ceia e aponta para o Cristo ressuscitado que voltará para reunir todos os salvos no banquete celestial. Até lá, a Igreja de Cristo sempre de novo vai se reunir em torno da Santa Ceia.
A oração de agradecimento é breve para não perdermos o impacto do agir de Deus, expressando em pensamentos essenciais a nossa resposta: Agradecemos por este presente todo especial e tão palpável que recebemos e que nos assegura a salvação conquistada graças ao sacrifício de Cristo. Pedimos o fortalecimento desta fé e desta comunhão com Cristo e com os irmãos que nos foram concedidas, para que possamos compartilhar o amor recebido, pois é assim que o nosso culto a Deus vai continuar durante a semana.
32. Bênção: A bênção araônica (Nm 6.22-27) e a bênção de Jesus, erguendo as suas mãos (Lc 24. 50), quando ele deixou de estar presente fisicamente entre os seus discípulos, motivaram os pais da igreja luterana (de) a usar normalmente esta forma de bênção no final do culto. Ela não é somente um desejo, mas é um ato sacramental, isto é o pronunciar da Palavra atuante de Deus. Através de seus ministros Deus assegura a sua presença e orientação, a sua proteção e os seus cuidados ao seu povo que buscou a sua presença no culto e também a cada integrante deste povo, que agora volta para a sua vida diária. Muitos cristãos, no momento da bênção abrem as suas mãos como sinal de querer receber esta bênção e fazem também o sinal da cruz para reafirmar sua fidelidade a Cristo.
33. Hino Final: Em verdade a liturgia do culto dominical já terminou com a bênção e o canto do “Amém”. “Deus falou e está falado”, como a LLLB afirmou no seu último Congresso. A função deste hino seria então reforçar o “Amém” ou focalizar uma tarefa especial que a mensagem principal do culto nos sugeriu. Convém um cantar não demorado, de preferência em pé.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
Arquivo doc
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
4º Estudo*: A Liturgia Passo a Passo:
IV. Ofício da Santa Ceia e V. Despedida
(A numeração seguinte se refere à numeração da ordem litúrgica) 23. Ofertório: Escolhemos este canto, que costumamos chamar de “Ofertório” como hino de preparação para a celebração da Santa Ceia. Necessitamos de maneira especial da ação do Espírito Santo para fortalecer a nossa fé e nos preparar para este encontro com o nosso Salvador, que se dá a nós por meio do sacramento do Altar. Depois de o oficiante preparar os utensílios da Santa Ceia, ele saúda novamente a congregação marcando este novo ponto alto do Culto, quando Deus quer nos servir por meio da dádiva da Santa Ceia.
24. Prefácio e Santo: O “Prefácio” e o “Santo” são possivelmente os cânticos mais antigos usados na liturgia da Santa Ceia. O Prefácio consiste de três partes: um Convite, uma Ação de Graças e um ato de Adoração que culmina com o canto do “Santo”. Com o convite: “Levantem os seus corações” somos lembrados que pela participação do culto ao Deus Triúno, que tem a sua imagem perfeita na adoração eterna e celestial, os nossos corações, isto é o nosso corpo e a nossa alma não podem ficar apegados às coisas passageiras deste mundo passageiro. Pela fé nos entregamos ao Senhor e damos graças por todas as bênçãos recebidas, enaltecendo o seu glorioso nome, aguardando assim, com grande expectativa, o culto eterno e celestial. Principalmente damos graças a Deus (eucaristia) pela salvação recebida, por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, que celebramos na Santa Ceia até Jesus voltar.
O “Santo, Santo, Santo” é o canto dos anjos que o profeta Isaías presenciou da liturgia celestial (Is 6.3) e que já fazia parte do Culto do templo em Jerusalém e na sinagoga. Este canto é combinado com a aclamação de Jesus em Jerusalém (Mt 21.9; Sl 118.25.26) e nos lembra de que na Santa Ceia estamos na presença do Eterno Deus que, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, o Ressuscitado, vem ao nosso encontro.
25. Pai Nosso: Haveria melhor oração a ser pronunciada neste momento do que aquela que o Senhor Jesus Cristo mesmo ensinou? É a oração que abrange céu e terra e cada um de nós em todas as suas necessidades. É a oração da mesa pela qual suplicamos “pão, perdão e libertação” inclusive o “pão celestial que Jesus prometeu dar pela vida do mundo” (cf. Jo 6. 51).
26. Consagração: O pastor chamado e ordenado para este ministério pronuncia as palavras da instituição da Santa Ceia assim como o apóstolo Paulo as recebeu do Senhor e como as transmitiu à igreja (1 Co 11.23-25).
A consagração é o ato pelo qual o pão e o vinho, que foram preparados e que estão no altar, por meio das palavras da instituição se tornam portadores do corpo e do sangue de Cristo “por nós”. Isto é e permanece sendo um milagre; certamente o maior milagre que possamos experimentar neste mundo: a partir da consagração podemos ter a certeza da presença real do corpo e do sangue de Cristo nos elementos que serão distribuídos.
Como as Palavras próprias de Cristo da Instituição, que o ministro pronuncia em seu nome, são decisivas para operar este milagre, elas são pronunciadas de maneira que todos possam entendê-las, pois não são palavras mágicas, mas um breve sumário de todo o evangelho.
Quando o ministro depois da consagração eleva a pátena com as hóstias e o cálice com o vinho ele não convida para a adoração dos elementos e muito menos quer oferecê-los para Deus, como se fossem um sacrifício. Este gesto quer lembrar que Jesus deu o seu corpo e seu sangue por nós e ele nos convida para recebermos este dom da salvação na Santa Ceia para o perdão dos nossos pecados, para o fortalecimento da nossa fé e para fortalecer a nossa comunhão com ele e com os irmãos.
27. Paz do Senhor: Jesus Cristo selou a paz entre Deus e os homens sacrificando o seu corpo e derramando o seu sangue na cruz. Ao celebrarmos a Santa Ceia Deus quer nos assegurar novamente esta paz por meio dos seus ministros (Jo 20.21). Esta mesma paz a congregação reunida deseja também ao seu pastor e os que receberam esta paz querem compartilhá-la com o seu semelhante.
O uso do “ósculo santo” ou “beijo de irmão”( NTLH cf. Rm 16.16 e 1 Co 16.20) fazia parte de liturgias da igreja dos primeiros séculos da era cristã. Com o nosso aperto de mão ou abraço, da mesma forma, podemos hoje expressar e reafirmar a paz e a comunhão que Jesus Cristo nos conquistou e nos concede na Santa Ceia. Cada participante do culto poderá cumprimentar assim as pessoas ao redor, desejando: “A paz do Senhor esteja com você”.
Para pessoas visitantes, que ainda não são membros da igreja poderemos dizer: “Venha integrar-se nesta comunhão também, para que possa ter certeza desta paz!” O pastor cumprimenta eventuais auxiliares do culto que estão próximos, pessoas nos primeiros bancos e eventualmente pessoas com necessidades especiais. Esta saudação na Paz do Senhor expressa também que nada impede a nossa plena comunhão e paz com Cristo e com os irmãos.
Deve-se cuidar para que neste momento alegre de compartilhar a Paz concedida não se perca de vista o Senhor da Paz, presente em nosso meio, e que espera e merece toda a nossa atenção, o qual quer nos saciar com o seu corpo e sangue para que tenhamos eterna paz.
28. Cordeiro de Deus: Propomos uma outra versão do texto que é uma tradução melhor do Grego e do Latim (Jo 1.29), por oferecer mais clareza e ter mais sonoridade ao ser cantado.
Este canto de aclamação e adoração a Cristo, que tem sua base no evangelho, recorda também a mensagem profética de Isaías 53, que em Jesus Cristo se cumpriu. Ao mesmo tempo aponta para as referências a Cristo como o Cordeiro vencedor nas liturgias que o livro Apocalipse revela (Ap 5.6 etc.) Durante o canto todos os participantes do culto estão novamente voltados para o Altar.
29. Distribuição: Celebramos a Santa Ceia para lembrar o que Cristo fez por nós, mas principalmente para distribuir e receber o corpo e o sangue de Cristo que ele oferece para assegurar-nos perdão, vida e salvação. Assim com a fé que se apega às Palavras de Cristo e com alegria distribuímos e recebemos estas dádivas maravilhosas.
O ensino do apóstolo Paulo sobre a Santa Ceia (1 Co 10. 16,17; 11. 17 – 32) é bem claro no sentido de que a participação deste sacramento exige fé verdadeira nas Palavras de Cristo, ligadas à Santa Ceia. Também não resta nenhuma dúvida de que, desde a primeira celebração no cenáculo em Jerusalém, esta celebração pressupõe fé verdadeira e comunhão com o próprio Salvador e comunhão com os irmãos nesta mesma fé, que toda a liturgia expressa. Por isso, na igreja luterana, assim como foi a regra na igreja cristã por muitos séculos, distribuímos a Santa Ceia apenas a cristãos que receberam a necessária instrução sobre a fé cristã e especificamente sobre a Santa Ceia e que estão em comunhão com a nossa igreja. Este cuidado devemos ao Senhor Jesus Cristo que incumbiu a sua igreja de administrar os meios da graça e de cuidar para ninguém “comer e beber para o seu próprio castigo” (1 Co 11. 29).
A distribuição pode acontecer de várias formas: formando grupos em torno do altar; em fila contínua; em pé ou ajoelhado. Importante é que os comungantes, ao receberem os elementos abençoados possam ouvir as palavras que não deixam nenhuma dúvida de que estão recebendo o corpo e o sangue de Cristo. O fundo musical ou o canto durante a distribuição tem um caráter meditativo. Não deve dificultar a comunicação no altar, mas favorecer a meditação, a alegria e o agradecimento em relação às dádivas da Santa Ceia.
Os utensílios da Santa Ceia merecem antes, durante e depois do seu uso todo o cuidado bem assim como as hóstias e o vinho que restaram.
V. Despedida
30. Despede-nos, Senhor: este canto entoamos depois que o oficiante cobriu novamente os utensílios (vasos) da Santa Ceia. Em verdade é o canto que Simeão entoou (Lc 2. 25-32) depois de segurar o menino Jesus, em seus braços. É um canto muito belo e apropriado neste momento por relacionar a Santa Ceia com a encarnação de Jesus. Ele expressa “plenitude de satisfação e realização espiritual pelo recebimento individual e pessoal das promessas de Deus” (O. Lehenbauer, pg. 94), testemunhando também Cristo como Salvador de todos os povos. Inclinamos a nossa cabeça e adoramos o Deus Triúno: “Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo...”
31. Ação de Graças: Iniciamos a Ação de Graças com o responsório (1 Co 11. 26). Ele nos lembra de uma das finalidades da celebração da Santa Ceia e aponta para o Cristo ressuscitado que voltará para reunir todos os salvos no banquete celestial. Até lá, a Igreja de Cristo sempre de novo vai se reunir em torno da Santa Ceia.
A oração de agradecimento é breve para não perdermos o impacto do agir de Deus, expressando em pensamentos essenciais a nossa resposta: Agradecemos por este presente todo especial e tão palpável que recebemos e que nos assegura a salvação conquistada graças ao sacrifício de Cristo. Pedimos o fortalecimento desta fé e desta comunhão com Cristo e com os irmãos que nos foram concedidas, para que possamos compartilhar o amor recebido, pois é assim que o nosso culto a Deus vai continuar durante a semana.
32. Bênção: A bênção araônica (Nm 6.22-27) e a bênção de Jesus, erguendo as suas mãos (Lc 24. 50), quando ele deixou de estar presente fisicamente entre os seus discípulos, motivaram os pais da igreja luterana (de) a usar normalmente esta forma de bênção no final do culto. Ela não é somente um desejo, mas é um ato sacramental, isto é o pronunciar da Palavra atuante de Deus. Através de seus ministros Deus assegura a sua presença e orientação, a sua proteção e os seus cuidados ao seu povo que buscou a sua presença no culto e também a cada integrante deste povo, que agora volta para a sua vida diária. Muitos cristãos, no momento da bênção abrem as suas mãos como sinal de querer receber esta bênção e fazem também o sinal da cruz para reafirmar sua fidelidade a Cristo.
33. Hino Final: Em verdade a liturgia do culto dominical já terminou com a bênção e o canto do “Amém”. “Deus falou e está falado”, como a LLLB afirmou no seu último Congresso. A função deste hino seria então reforçar o “Amém” ou focalizar uma tarefa especial que a mensagem principal do culto nos sugeriu. Convém um cantar não demorado, de preferência em pé.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
* Para uso interno do DRJ da IELB.
Para a elaboração deste estudo foram usadas várias fontes da Literatura e Manuais sobre o Culto Luterano: Principais autores: David Karnopp, Friedrich Kalb, Gert Kelter, Oscar Lehenbauer, Ralph Bente. Arquivo doc
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Estudo 3
Aqui o terceiro estudo sobre a Liturgia.
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
Apresentamos estes estudos em partes por motivos de ordem didática, lembrando que o culto luterano é uma unidade que sugere a participação do início até o fim.
10. Saudação: Neste momento o ministro saúda a congregação reunida, a exemplo de saudações bíblicas que são manifestações da proclamação autorizada da salvação (Rm 1.7b etc.; Mt 10.12-13; Jo 20.19.21.26). A nova forma da resposta da congregação na Liturgia Comum não muda o conteúdo. As expressões “minha alma” ou “meu espírito” no pensamento bíblico, principalmente no Antigo Testamento, normalmente são referências à própria pessoa. Esta saudação, que encontramos novamente no início da celebração da Santa Ceia, renova os laços da fé e os propósitos comuns dos celebrantes do culto.
11. Oração do dia: O convite do oficiante: “Oremos” convida toda a congregação para a oração. Seria conveniente deixar de fato alguns instantes para cada participante do culto dirigir sua oração a Deus, pois a oração que segue, chamada também de “coleta”, historicamente, era o resumo e a conclusão do orar da congregação. Provavelmente foi o abuso ou mau uso da oração em voz alta, por participantes do culto, que limitou este momento de oração a uma oração resumida e bem estruturada do oficiante.
A introdução e a formulação do pedido recebem o seu caráter do assunto do culto do dia e a conclusão normalmente lembra que oramos por meio de Jesus Cristo.
Com o “Amém”, palavra que lembra as raízes hebraicas do nosso culto e que é uma afirmação daquilo que foi dito, a congregação expressa a sua concordância com a oração e manifesta sua fé de que, por meio de Jesus Cristo, a nossa oração é ouvida e atendida por Deus.
12. Primeira Leitura: A primeira e segunda leitura são momentos em que o sacerdócio real de todos os cristãos pode ser evidenciado no culto, através do convite a membros da congregação para fazerem estas leituras bíblicas. Mas não se deve descuidar do principal objetivo deste momento, que é o proclamar e o ouvir a Palavra de Deus, registrada na Escritura Sagrada, de maneira que os participantes do culto possam entendê-la. O convite para ser leitor não é oportunidade de “homenagear” membros ou visitantes. A leitura exige sempre uma boa preparação, para que de fato seja ouvida a Palavra do Senhor.
Aconselhamos o oficiante a anunciar o texto para que depois seja feita a leitura pelo leitor anteriormente escolhido e que se preparou. Observa-se que os títulos dos textos bíblicos não são lidos, pois não fazem parte do texto sagrado.
A escolha dos textos das séries de leituras bíblicas, que se repetem de três em três anos (série trienal) foram feitas de maneira que, anualmente, se lê e ouve em nossos cultos os principais textos de toda Bíblia, os quais revelam a obra da salvação e nos quais se baseia a fé cristã.
Na hora das leituras bíblicas do culto regular não se costuma acrescentar comentários ou explicações. É hora de todos ouvirem o que “está escrito”. O sermão é o momento em que a Palavra de Deus é explicada e aplicada de maneira concreta à congregação reunida.
Na primeira leitura bíblica ouvimos principalmente textos do Antigo Testamento e na época da Páscoa alguns textos de Atos dos Apóstolos. A leitura termina com o voto do oficiante que lembra a importância de toda a Palavra de Deus para o ser humano (Dt 8.3 etc.).
13. A Segunda Leitura traz principalmente textos das epístolas e alguns textos de Atos dos Apóstolos e de Apocalipse. A leitura termina com o voto do oficiante lembrando que o Senhor Jesus chama de “felizes para sempre” os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam em sua vida diária (Lc 11.28).
A congregação manifesta a sua resposta às leituras bíblicas entoando o “Aleluia” tríplice e na época da Quaresma o “Amém”.
14. Hino: O texto deste hino (do dia) ou louvor quer ajudar a refletir sobre as duas leituras bíblicas e /ou conduzir a leitura do Evangelho. É um momento muito apropriado para o canto do coral ou de grupos da congregação, observando que contribua para enfatizar a temática do culto ou das leituras, pelo menos que não desvie a atenção.
15. A Leitura do Evangelho: Nos quatro Evangelhos encontramos as palavras e obras, a vida e a paixão, a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo relatadas pelos evangelistas. São textos de destaque no conjunto da Bíblia. Na leitura do Evangelho presenciamos o próprio Senhor Jesus Cristo falando a nós e se dando a nós. Por esta razão esta leitura também recebe destaque no culto:
a) É o pastor que anuncia e que faz a leitura, porque é o próprio de seu ofício;
b) a congregação se levanta já antes do anúncio da leitura;
c) O voto final lembra o poder de Deus que age por meio do
Evangelho;
d) antes e depois da leitura todos aclamam com júbilo o nosso Senhor que fala a nós por meio do Santo Evangelho;
16. A Confissão de Fé, que a nossa Liturgia Comum sugere neste momento de culto, é a profissão pública da fé cristã. Não é propriamente dita a reação e a resposta de fé da congregação reunida à Palavra que foi ouvida, pois o sermão com a sua aplicação específica da Palavra ainda não aconteceu. Usamos nesta Confissão de Fé o texto do Credo Apostólico ou também os textos dos demais Credos Ecumênicos (Credo Niceno e Credo Atanasiano) como testemunhos “da unidade, universalidade, perpetuidade e atualidade da fé cristã no Deus Triúno e tudo o que ele nos deu e ensinou” (O. Lehenbauer, Igreja Luterana, Vl 51 pg. 60). Lembrando este aspecto, recomenda-se muito cuidado na substituição dos credos ecumênicos por textos particulares.
Na Igreja antiga havia o costume de confessar a fé imediatamente antes da celebração da Santa Ceia indicando assim que somente os que compartilhavam esta fé também poderiam participar da Santa Ceia.
17. Hino: A função deste hino ou canto é de preparar para o sermão ou a mensagem do dia, suplicando que o Espírito Santo conceda um abençoado falar, ouvir e compreender. Este cantar deveria promover a disposição de ouvir o que naquele dia o Senhor nos quer dizer.
18. Mensagem / Sermão: Estamos no ponto alto do Ofício da Palavra e num dos pontos altos do nosso culto. É neste momento que o ministro chamado e ordenado, o cura de almas da congregação, transmite a voz viva do Evangelho hoje. O sermão, pelo poder da Palavra de Deus anunciada, não quer somente informar, mas operar aquilo para que Deus envia a sua Palavra (Is 55.11).
Faz parte do sermão, que tem como objetivo proclamar o Evangelho, a proclamação da lei e da vontade imutável de Deus bem como a proclamação da graça e da misericórdia de Deus. Lei e Evangelho deverão ser anunciados na sua correta distinção, para criar e alimentar a fé salvadora que nos capacita a viver como filhos de Deus neste mundo e que nos prepara para a vida que há de vir.
O sermão não é lugar para divagações diversas, mas é o lugar de transmitir a Palavra de Deus de acordo com os textos do dia e da temática do culto e aplicá-la de acordo com os ouvintes e o seu contexto atual. Somente em momentos bem excepcionais a temática do culto e do sermão será determinada por fatores externos, que não sejam as leituras bíblicas de acordo com o calendário litúrgico da igreja. Convém que toda a congregação pronuncie junto com o pregador o “Amém” final da mensagem.
19. Hino: O hino que a congregação vai entoar neste momento dará oportunidade para uma resposta/reação à mensagem ouvida. Pode ser também um resumo da mensagem ou um texto que vai aprofundar o assunto do dia. Poderá ser também um “fundo musical” que convida para meditação e a oração individual.
20. Avisos Congregacionais e de Oração: O culto comunitário é o encontro semanal da família da fé em determinado lugar e contexto. É apropriado que os assuntos que interessam a todos sejam transmitidos de forma bem objetiva dentro do próprio Culto, pois muitos destes assuntos serão lembrados também na Oração Geral da Igreja. Também são mencionados neste momento os motivos especiais para o nosso orar e as nossas intercessões de gratidão e de súplica. Convém cuidar para que não sobrecarreguemos a Oração Geral do culto com detalhes egocêntricos que não se relacionam diretamente com a vida e responsabilidade comunitária da igreja.
21. Oração Geral: é chamada também de Oração da Igreja, pois por meio dela a igreja exerce de maneira especial suas funções como sacerdócio real. Convém realizar esta oração de maneira bem participativa. Nesta oração não deveria faltar: 1º a intercessão pela igreja, sua expansão e conservação; por seus ministros, líderes, missionários e pelos assuntos da própria congregação. 2º a intercessão pelo mundo e sua conservação; pelos governos constituídos; pelo estabelecimento e conservação da boa ordem e da paz. 3º a intercessão pelas pessoas em suas mais diversas necessidades, incluindo os perseguidos por causa da sua fé. E, finalmente, a oração em favor de um fim bem-aventurado.
22 Ofertas: É mais um momento em que respondemos ao agir de Deus, por meio de sua Palavra, em nossa vida. É uma expressão da nossa fé em Deus que em nossa vida diária nos abençoou com muitas bênçãos materiais, as quais queremos: (a) compartilhar com irmãos necessitados e b) colocar à disposição de Deus para a edificação (orçamento) e para a expansão (missão) da Igreja de Cristo.
Ao entregarmos a nossa oferta no altar ou perto do altar, o que é preferível ao recolhimento em pratos abertos, cantando o hino: “Com gratidão, Senhor”, expressamos que também a oferta faz parte do nosso culto e damos um sinal claro de que compreendemos toda a nossa vida como um servir a Deus.
Há indícios de que este ofertar antes da celebração da Santa Ceia já fazia parte do culto da igreja primitiva. Dos alimentos ofertados para compartilhar com os pobres da congregação, o ministro separava pão e vinho para celebrar a Santa Ceia.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
Arquivo doc
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
3º Estudo: A Liturgia Passo a Passo: III. Ofício da Palavra *
(A numeração seguinte se refere à numeração da ordem litúrgica.) Apresentamos estes estudos em partes por motivos de ordem didática, lembrando que o culto luterano é uma unidade que sugere a participação do início até o fim.
10. Saudação: Neste momento o ministro saúda a congregação reunida, a exemplo de saudações bíblicas que são manifestações da proclamação autorizada da salvação (Rm 1.7b etc.; Mt 10.12-13; Jo 20.19.21.26). A nova forma da resposta da congregação na Liturgia Comum não muda o conteúdo. As expressões “minha alma” ou “meu espírito” no pensamento bíblico, principalmente no Antigo Testamento, normalmente são referências à própria pessoa. Esta saudação, que encontramos novamente no início da celebração da Santa Ceia, renova os laços da fé e os propósitos comuns dos celebrantes do culto.
11. Oração do dia: O convite do oficiante: “Oremos” convida toda a congregação para a oração. Seria conveniente deixar de fato alguns instantes para cada participante do culto dirigir sua oração a Deus, pois a oração que segue, chamada também de “coleta”, historicamente, era o resumo e a conclusão do orar da congregação. Provavelmente foi o abuso ou mau uso da oração em voz alta, por participantes do culto, que limitou este momento de oração a uma oração resumida e bem estruturada do oficiante.
A introdução e a formulação do pedido recebem o seu caráter do assunto do culto do dia e a conclusão normalmente lembra que oramos por meio de Jesus Cristo.
Com o “Amém”, palavra que lembra as raízes hebraicas do nosso culto e que é uma afirmação daquilo que foi dito, a congregação expressa a sua concordância com a oração e manifesta sua fé de que, por meio de Jesus Cristo, a nossa oração é ouvida e atendida por Deus.
12. Primeira Leitura: A primeira e segunda leitura são momentos em que o sacerdócio real de todos os cristãos pode ser evidenciado no culto, através do convite a membros da congregação para fazerem estas leituras bíblicas. Mas não se deve descuidar do principal objetivo deste momento, que é o proclamar e o ouvir a Palavra de Deus, registrada na Escritura Sagrada, de maneira que os participantes do culto possam entendê-la. O convite para ser leitor não é oportunidade de “homenagear” membros ou visitantes. A leitura exige sempre uma boa preparação, para que de fato seja ouvida a Palavra do Senhor.
Aconselhamos o oficiante a anunciar o texto para que depois seja feita a leitura pelo leitor anteriormente escolhido e que se preparou. Observa-se que os títulos dos textos bíblicos não são lidos, pois não fazem parte do texto sagrado.
A escolha dos textos das séries de leituras bíblicas, que se repetem de três em três anos (série trienal) foram feitas de maneira que, anualmente, se lê e ouve em nossos cultos os principais textos de toda Bíblia, os quais revelam a obra da salvação e nos quais se baseia a fé cristã.
Na hora das leituras bíblicas do culto regular não se costuma acrescentar comentários ou explicações. É hora de todos ouvirem o que “está escrito”. O sermão é o momento em que a Palavra de Deus é explicada e aplicada de maneira concreta à congregação reunida.
Na primeira leitura bíblica ouvimos principalmente textos do Antigo Testamento e na época da Páscoa alguns textos de Atos dos Apóstolos. A leitura termina com o voto do oficiante que lembra a importância de toda a Palavra de Deus para o ser humano (Dt 8.3 etc.).
13. A Segunda Leitura traz principalmente textos das epístolas e alguns textos de Atos dos Apóstolos e de Apocalipse. A leitura termina com o voto do oficiante lembrando que o Senhor Jesus chama de “felizes para sempre” os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam em sua vida diária (Lc 11.28).
A congregação manifesta a sua resposta às leituras bíblicas entoando o “Aleluia” tríplice e na época da Quaresma o “Amém”.
14. Hino: O texto deste hino (do dia) ou louvor quer ajudar a refletir sobre as duas leituras bíblicas e /ou conduzir a leitura do Evangelho. É um momento muito apropriado para o canto do coral ou de grupos da congregação, observando que contribua para enfatizar a temática do culto ou das leituras, pelo menos que não desvie a atenção.
15. A Leitura do Evangelho: Nos quatro Evangelhos encontramos as palavras e obras, a vida e a paixão, a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo relatadas pelos evangelistas. São textos de destaque no conjunto da Bíblia. Na leitura do Evangelho presenciamos o próprio Senhor Jesus Cristo falando a nós e se dando a nós. Por esta razão esta leitura também recebe destaque no culto:
a) É o pastor que anuncia e que faz a leitura, porque é o próprio de seu ofício;
b) a congregação se levanta já antes do anúncio da leitura;
c) O voto final lembra o poder de Deus que age por meio do
Evangelho;
d) antes e depois da leitura todos aclamam com júbilo o nosso Senhor que fala a nós por meio do Santo Evangelho;
16. A Confissão de Fé, que a nossa Liturgia Comum sugere neste momento de culto, é a profissão pública da fé cristã. Não é propriamente dita a reação e a resposta de fé da congregação reunida à Palavra que foi ouvida, pois o sermão com a sua aplicação específica da Palavra ainda não aconteceu. Usamos nesta Confissão de Fé o texto do Credo Apostólico ou também os textos dos demais Credos Ecumênicos (Credo Niceno e Credo Atanasiano) como testemunhos “da unidade, universalidade, perpetuidade e atualidade da fé cristã no Deus Triúno e tudo o que ele nos deu e ensinou” (O. Lehenbauer, Igreja Luterana, Vl 51 pg. 60). Lembrando este aspecto, recomenda-se muito cuidado na substituição dos credos ecumênicos por textos particulares.
Na Igreja antiga havia o costume de confessar a fé imediatamente antes da celebração da Santa Ceia indicando assim que somente os que compartilhavam esta fé também poderiam participar da Santa Ceia.
17. Hino: A função deste hino ou canto é de preparar para o sermão ou a mensagem do dia, suplicando que o Espírito Santo conceda um abençoado falar, ouvir e compreender. Este cantar deveria promover a disposição de ouvir o que naquele dia o Senhor nos quer dizer.
18. Mensagem / Sermão: Estamos no ponto alto do Ofício da Palavra e num dos pontos altos do nosso culto. É neste momento que o ministro chamado e ordenado, o cura de almas da congregação, transmite a voz viva do Evangelho hoje. O sermão, pelo poder da Palavra de Deus anunciada, não quer somente informar, mas operar aquilo para que Deus envia a sua Palavra (Is 55.11).
Faz parte do sermão, que tem como objetivo proclamar o Evangelho, a proclamação da lei e da vontade imutável de Deus bem como a proclamação da graça e da misericórdia de Deus. Lei e Evangelho deverão ser anunciados na sua correta distinção, para criar e alimentar a fé salvadora que nos capacita a viver como filhos de Deus neste mundo e que nos prepara para a vida que há de vir.
O sermão não é lugar para divagações diversas, mas é o lugar de transmitir a Palavra de Deus de acordo com os textos do dia e da temática do culto e aplicá-la de acordo com os ouvintes e o seu contexto atual. Somente em momentos bem excepcionais a temática do culto e do sermão será determinada por fatores externos, que não sejam as leituras bíblicas de acordo com o calendário litúrgico da igreja. Convém que toda a congregação pronuncie junto com o pregador o “Amém” final da mensagem.
19. Hino: O hino que a congregação vai entoar neste momento dará oportunidade para uma resposta/reação à mensagem ouvida. Pode ser também um resumo da mensagem ou um texto que vai aprofundar o assunto do dia. Poderá ser também um “fundo musical” que convida para meditação e a oração individual.
20. Avisos Congregacionais e de Oração: O culto comunitário é o encontro semanal da família da fé em determinado lugar e contexto. É apropriado que os assuntos que interessam a todos sejam transmitidos de forma bem objetiva dentro do próprio Culto, pois muitos destes assuntos serão lembrados também na Oração Geral da Igreja. Também são mencionados neste momento os motivos especiais para o nosso orar e as nossas intercessões de gratidão e de súplica. Convém cuidar para que não sobrecarreguemos a Oração Geral do culto com detalhes egocêntricos que não se relacionam diretamente com a vida e responsabilidade comunitária da igreja.
21. Oração Geral: é chamada também de Oração da Igreja, pois por meio dela a igreja exerce de maneira especial suas funções como sacerdócio real. Convém realizar esta oração de maneira bem participativa. Nesta oração não deveria faltar: 1º a intercessão pela igreja, sua expansão e conservação; por seus ministros, líderes, missionários e pelos assuntos da própria congregação. 2º a intercessão pelo mundo e sua conservação; pelos governos constituídos; pelo estabelecimento e conservação da boa ordem e da paz. 3º a intercessão pelas pessoas em suas mais diversas necessidades, incluindo os perseguidos por causa da sua fé. E, finalmente, a oração em favor de um fim bem-aventurado.
22 Ofertas: É mais um momento em que respondemos ao agir de Deus, por meio de sua Palavra, em nossa vida. É uma expressão da nossa fé em Deus que em nossa vida diária nos abençoou com muitas bênçãos materiais, as quais queremos: (a) compartilhar com irmãos necessitados e b) colocar à disposição de Deus para a edificação (orçamento) e para a expansão (missão) da Igreja de Cristo.
Ao entregarmos a nossa oferta no altar ou perto do altar, o que é preferível ao recolhimento em pratos abertos, cantando o hino: “Com gratidão, Senhor”, expressamos que também a oferta faz parte do nosso culto e damos um sinal claro de que compreendemos toda a nossa vida como um servir a Deus.
Há indícios de que este ofertar antes da celebração da Santa Ceia já fazia parte do culto da igreja primitiva. Dos alimentos ofertados para compartilhar com os pobres da congregação, o ministro separava pão e vinho para celebrar a Santa Ceia.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
* Para uso interno do DRJ da IELB.
Para a elaboração deste estudo foram usadas várias fontes da Literatura e Manuais sobre o Culto Luterano: Principais autores: David Karnopp, Friedrich Kalb, Gert Kelter, Oscar Lehenbauer, Ralph Bente. Arquivo doc
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Estudo 2
Aqui o segundo estudo sobre a Liturgia.
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
O nosso culto comunitário ganha em qualidade quando começamos o nosso culto individual ao entrar no ambiente do culto. As conversas que refletem o nosso dia a dia deveriam cessar. O cumprimento a demais participantes do culto dentro da igreja será bem discreto. Vamos aproveitar o tempo para nos conscientizar e nos concentrar para este encontro mais importante da semana com o nosso Deus e dar oportunidade para que os outros também possam fazer isto. A oração e a preparação de nossas “ferramentas” no culto como a Bíblia, Hinário e Ordem litúrgica nos ajudam para isto. Pedidos de oração especial, se não foram encaminhados antes, poderiam ser entregues ao pastor, que no seu gabinete ou na sacristia também está se preparando para o culto.
Recepcionistas dão as boas vindas na porta da igreja aos participantes do culto, instruindo e encaminhando especialmente os visitantes.
Faz parte do zelo cristão e de uma boa educação, procurar chegar a tempo para, com toda calma, poder preparar-se e participar de todo o culto.
1. Acolhida:
A acolhida, que pode ser feita antes ou depois da entrada do pastor, é uma saudação informal e breve que sinaliza o início do culto comunitário. Pode-se anunciar o tema ou assunto do culto, algum evento especial como batismo ou profissão de fé, alguma pessoa de destaque presente ou o pregador convidado. É o momento também de anunciar algum detalhe diferente da liturgia e de convidar para entoar o primeiro hino. É uma boa oportunidade para algum membro da comunidade participar e fazer esta acolhida.
I. PREPARAÇÃO
2. Hino: Faz parte da nossa preparação para o culto do dia; quer conduzir-nos para o encontro comunitário com nosso Deus e Salvador.
3. Invocação: A congregação fica em pé, pois pela invocação confessamos o nome do Deus Triúno em cujo nome estamos reunidos. Desejamos e temos certeza da sua presença. Poderá se fazer o sinal da cruz lembrando e confessando que desde o dia de nosso batismo pertencemos a Ele, contando com o seu amor. Enquanto a invocação é entoada ou falada pelo pastor, a congregação a confirma com o AMÉM.
4. Alocução Confessional: O objetivo de uma breve e opcional mensagem neste momento é aguçar a nossa consciência e apontar para o perdão que Deus, pela absolvição e os sacramentos, realmente alcança ao pecador arrependido. Esta alocução, bem como a confissão que segue, nos quer lembrar de que, por causa do nosso pecado, não podemos subsistir na presença do Santo Deus.
5.a Confissão: O oficiante permanece na nave da igreja, expressando assim, que ele também é um pecador que necessita tanto da confissão como da absolvição. O responsório que inicia a confissão comunitária (1 Jo 1.8,9)é um resumo da mensagem principal da alocução confessional. Quando esta não acontece, sugere-se um momento de silêncio para possibilitar um auto-exame, que visa evitar que percamos a noção real do alcance da nossa pecaminosidade.
O ajoelhar-se neste momento expressa concretamente a indignidade que sentimos na presença de Deus (Lc 5.8 etc.).
5.b Absolvição: É o ato de perdoar ou isentar de acusação, crime ou pena, enfim, do pecado, aquele que arrependido confessou os seus pecados. Deus confiou aos ministros da sua igreja o exercício público deste poder (Jo. 20.22,23 etc.), graças ao sacrifício de Cristo pelos nossos pecados. O cristão confia neste perdão real podendo fazer também o sinal da cruz, e afirma a sua certeza do perdão com o “Amém” em voz alta.
Pelo responsório que segue expressamos a nossa gratidão pelo perdão e iniciamos o nosso louvor e adoração a Deus, o qual nos habilitou a chegarmos a sua presença.
II. ADORAÇÃO
6. Salmo do dia / Introito: Expressamos a comunhão dos santos de todos os tempos, que não cessam de adorar a Deus, quando iniciamos a nossa adoração com palavras do hinário do Antigo Testamento, o livro de Salmos. De acordo com o conteúdo deste hino de entrada (introito) o oficiante assume a mesma posição da comunidade, direcionada para o altar. De acordo com tradições do culto do Antigo Testamento os versículos do salmo são lidos de maneira alternada ou responsiva entre o oficiante e a congregação ou, melhor ainda, entre duas partes da congregação. A divisão é feita entre os versículos (preferencialmente) ou entre a primeira e segunda frase do versículo, de acordo com o texto de cada salmo.
Como o Salmo de entrada faz parte da nossa adoração e não é uma primeira leitura bíblica, devemos omitir a leitura de versículos em que haja pedidos de vingança (etc.) que não mais fazem parte do culto da era cristã.
7. Glória ao Deus Triúno: Com o nosso canto enfatizamos a nossa adoração ao Deus verdadeiro e único que, desde os tempos da Antiga Aliança até toda a eternidade, manifesta o seu amor e a sua compaixão para com o ser humano e toda a criatura.
8. Senhor tem piedade (Kyrie): Com as palavras “Kyrie eleison”, na época da igreja primitiva, os povos aclamavam com entusiasmo a chegada do imperador. Estas mesmas palavras foram usadas no culto pelos cristãos da época para aclamar a Cristo, o verdadeiro Senhor do Universo e da igreja. Assim o nosso canto: “Senhor, tem piedade de nós” não é uma volta à confissão dos pecados, mas é a aclamação festiva do Rei e Salvador Jesus Cristo, presente no meio de seu povo. Corresponde à palavra hebraica “Hosana” com que o povo de Jerusalém recebeu Jesus. Por isso, com alegria entoamos estas palavras de aclamação e expressamos a nossa fé e confiança de que Jesus Cristo é o nosso Rei, para o nosso bem. Assim, manifestamos também a certeza de que o Senhor ouvirá as orações e intercessões que levarmos a Ele durante o nosso culto.
9. Hino de Louvor (Gloria in Excelsis): Este hino de louvor (Glória nas alturas) é o ponto alto da nossa adoração. Também devia ser cantado em pé. Lembra originalmente o canto dos anjos nos campos de Belém, glorificando a Deus por ter enviado o Salvador para assegurar a paz às pessoas. Enaltece a Deus que cumpriu a sua promessa e, na pessoa de Jesus, se tornou “o Emanuel”, o Deus conosco. Na Liturgia Comum proposta não incluímos o “Gloria in Excelsis” das Ordens de Culto do Hinário, que é uma tradução do texto antigo em Latim, pelas dificuldades que a melodia e algumas palavras oferecem. Sugerimos que seja escolhido outro canto apropriado que a congregação saiba e goste de cantar com alegria. Quando se optar pelo hino nº 231 do HL, “Louvor e glória ao grande Deus”, que é o “Gloria in Excelsis” em forma de hino, sugerimos que se cante todas as estrofes.
Com este canto de adoração concluímos a parte inicial da liturgia do nosso culto. Temos a certeza da “incrível” presença de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo em nosso meio e aguardamos o seu agir para conosco por meio da Palavra e dos Sacramentos.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
Arquivo doc
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
2º Estudo: A Liturgia Passo a Passo: I. Preparação e II. Adoração *
(A numeração seguinte se refere à numeração da Liturgia Comum.) O nosso culto comunitário ganha em qualidade quando começamos o nosso culto individual ao entrar no ambiente do culto. As conversas que refletem o nosso dia a dia deveriam cessar. O cumprimento a demais participantes do culto dentro da igreja será bem discreto. Vamos aproveitar o tempo para nos conscientizar e nos concentrar para este encontro mais importante da semana com o nosso Deus e dar oportunidade para que os outros também possam fazer isto. A oração e a preparação de nossas “ferramentas” no culto como a Bíblia, Hinário e Ordem litúrgica nos ajudam para isto. Pedidos de oração especial, se não foram encaminhados antes, poderiam ser entregues ao pastor, que no seu gabinete ou na sacristia também está se preparando para o culto.
Recepcionistas dão as boas vindas na porta da igreja aos participantes do culto, instruindo e encaminhando especialmente os visitantes.
Faz parte do zelo cristão e de uma boa educação, procurar chegar a tempo para, com toda calma, poder preparar-se e participar de todo o culto.
1. Acolhida:
A acolhida, que pode ser feita antes ou depois da entrada do pastor, é uma saudação informal e breve que sinaliza o início do culto comunitário. Pode-se anunciar o tema ou assunto do culto, algum evento especial como batismo ou profissão de fé, alguma pessoa de destaque presente ou o pregador convidado. É o momento também de anunciar algum detalhe diferente da liturgia e de convidar para entoar o primeiro hino. É uma boa oportunidade para algum membro da comunidade participar e fazer esta acolhida.
I. PREPARAÇÃO
2. Hino: Faz parte da nossa preparação para o culto do dia; quer conduzir-nos para o encontro comunitário com nosso Deus e Salvador.
3. Invocação: A congregação fica em pé, pois pela invocação confessamos o nome do Deus Triúno em cujo nome estamos reunidos. Desejamos e temos certeza da sua presença. Poderá se fazer o sinal da cruz lembrando e confessando que desde o dia de nosso batismo pertencemos a Ele, contando com o seu amor. Enquanto a invocação é entoada ou falada pelo pastor, a congregação a confirma com o AMÉM.
4. Alocução Confessional: O objetivo de uma breve e opcional mensagem neste momento é aguçar a nossa consciência e apontar para o perdão que Deus, pela absolvição e os sacramentos, realmente alcança ao pecador arrependido. Esta alocução, bem como a confissão que segue, nos quer lembrar de que, por causa do nosso pecado, não podemos subsistir na presença do Santo Deus.
5.a Confissão: O oficiante permanece na nave da igreja, expressando assim, que ele também é um pecador que necessita tanto da confissão como da absolvição. O responsório que inicia a confissão comunitária (1 Jo 1.8,9)é um resumo da mensagem principal da alocução confessional. Quando esta não acontece, sugere-se um momento de silêncio para possibilitar um auto-exame, que visa evitar que percamos a noção real do alcance da nossa pecaminosidade.
O ajoelhar-se neste momento expressa concretamente a indignidade que sentimos na presença de Deus (Lc 5.8 etc.).
5.b Absolvição: É o ato de perdoar ou isentar de acusação, crime ou pena, enfim, do pecado, aquele que arrependido confessou os seus pecados. Deus confiou aos ministros da sua igreja o exercício público deste poder (Jo. 20.22,23 etc.), graças ao sacrifício de Cristo pelos nossos pecados. O cristão confia neste perdão real podendo fazer também o sinal da cruz, e afirma a sua certeza do perdão com o “Amém” em voz alta.
Pelo responsório que segue expressamos a nossa gratidão pelo perdão e iniciamos o nosso louvor e adoração a Deus, o qual nos habilitou a chegarmos a sua presença.
II. ADORAÇÃO
6. Salmo do dia / Introito: Expressamos a comunhão dos santos de todos os tempos, que não cessam de adorar a Deus, quando iniciamos a nossa adoração com palavras do hinário do Antigo Testamento, o livro de Salmos. De acordo com o conteúdo deste hino de entrada (introito) o oficiante assume a mesma posição da comunidade, direcionada para o altar. De acordo com tradições do culto do Antigo Testamento os versículos do salmo são lidos de maneira alternada ou responsiva entre o oficiante e a congregação ou, melhor ainda, entre duas partes da congregação. A divisão é feita entre os versículos (preferencialmente) ou entre a primeira e segunda frase do versículo, de acordo com o texto de cada salmo.
Como o Salmo de entrada faz parte da nossa adoração e não é uma primeira leitura bíblica, devemos omitir a leitura de versículos em que haja pedidos de vingança (etc.) que não mais fazem parte do culto da era cristã.
7. Glória ao Deus Triúno: Com o nosso canto enfatizamos a nossa adoração ao Deus verdadeiro e único que, desde os tempos da Antiga Aliança até toda a eternidade, manifesta o seu amor e a sua compaixão para com o ser humano e toda a criatura.
8. Senhor tem piedade (Kyrie): Com as palavras “Kyrie eleison”, na época da igreja primitiva, os povos aclamavam com entusiasmo a chegada do imperador. Estas mesmas palavras foram usadas no culto pelos cristãos da época para aclamar a Cristo, o verdadeiro Senhor do Universo e da igreja. Assim o nosso canto: “Senhor, tem piedade de nós” não é uma volta à confissão dos pecados, mas é a aclamação festiva do Rei e Salvador Jesus Cristo, presente no meio de seu povo. Corresponde à palavra hebraica “Hosana” com que o povo de Jerusalém recebeu Jesus. Por isso, com alegria entoamos estas palavras de aclamação e expressamos a nossa fé e confiança de que Jesus Cristo é o nosso Rei, para o nosso bem. Assim, manifestamos também a certeza de que o Senhor ouvirá as orações e intercessões que levarmos a Ele durante o nosso culto.
9. Hino de Louvor (Gloria in Excelsis): Este hino de louvor (Glória nas alturas) é o ponto alto da nossa adoração. Também devia ser cantado em pé. Lembra originalmente o canto dos anjos nos campos de Belém, glorificando a Deus por ter enviado o Salvador para assegurar a paz às pessoas. Enaltece a Deus que cumpriu a sua promessa e, na pessoa de Jesus, se tornou “o Emanuel”, o Deus conosco. Na Liturgia Comum proposta não incluímos o “Gloria in Excelsis” das Ordens de Culto do Hinário, que é uma tradução do texto antigo em Latim, pelas dificuldades que a melodia e algumas palavras oferecem. Sugerimos que seja escolhido outro canto apropriado que a congregação saiba e goste de cantar com alegria. Quando se optar pelo hino nº 231 do HL, “Louvor e glória ao grande Deus”, que é o “Gloria in Excelsis” em forma de hino, sugerimos que se cante todas as estrofes.
Com este canto de adoração concluímos a parte inicial da liturgia do nosso culto. Temos a certeza da “incrível” presença de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo em nosso meio e aguardamos o seu agir para conosco por meio da Palavra e dos Sacramentos.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
* Para uso interno do DRJ da IELB.
Para a elaboração deste estudo foram usadas várias fontes da Literatura e Manuais sobre o Culto Luterano: Principais autores: David Karnopp, Friedrich Kalb, Gert Kelter, Oscar Lehenbauer, Ralph Bente. Arquivo doc
Liturgia Distrito Rio de Janeiro - Estudo 1
Aqui o primeiro estudo sobre a Liturgia.
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
Introdução:
A comissão, composta pelos pastores Leonerio Faller, coordenador, K. Hermann G. Auel, e Paulo S. Albrecht, encarregada de elaborar uma ordem litúrgica comum para o Distrito Rio de Janeiro da IELB, na base da Ordem do Culto Principal II do Hinário Luterano, elaborou e apresenta esta série de quatro estudos que acompanham a LITURGIA COMUM DO DISTRITO RIO DE JANEIRO, aprovada na reunião do Conselho Distrital de 02 de Agosto de 2009.
Estes estudos visam estimular os cristãos luteranos a fazerem um bom uso do tesouro que recebemos em nossa herança litúrgica, para o nosso próprio bem e para o bem das pessoas de nossos dias que estão se perdendo em cultos “pop” de religiosidade humana, os quais amplamente perderam Cristo como centro de sua fé e de seus cultos.
1. A Liturgia do Culto Cristão é um acontecimento dialogado
Dr. Martinho Lutero, na inauguração da capela do Castelo de Thorgau em Outubro de 1544 definiu a essência do culto cristão assim: “que nele nada mais aconteça além de que o nosso querido Senhor pessoalmente fale conosco através da sua santa Palavra (inclui os sacramentos: Batismos e Santa Ceia) e que por outro lado nós falemos com ele através da oração e dos hinos de louvor.”
Estas palavras de Lutero lembram que o culto cristão é, e sempre foi, um acontecimento dialogado: Deus age em nossa vida por meio da Palavra e dos sacramentos, e nós manifestamos a nossa resposta para Deus. Importante é que a iniciativa para o nosso culto parte de Deus. Ele realizou todo o necessário para a nossa salvação e com os meios da graça, Palavra e Sacramentos, o próprio Deus possibilita que os cristãos lhe rendam culto e lhe dediquem toda a sua vida.
2. A liturgia do Culto da Igreja Luterana tem história
Enquanto as verdades que Deus transmite, por meio da sua Palavra e dos sacramentos, não mudam, a forma como o povo de Deus responde ao agir de Deus está sujeita a constantes mudanças, que aqui não podem ser apresentadas em detalhes. Queremos falar da ordem litúrgica do Culto da Igreja Luterana que remonta à caminhada do povo de Deus na Antiga Aliança e que se desenvolveu durante dois mil anos na cristandade. Ela é reflexo e expressão da fé e vida cristãs com os seus altos e baixos, acolhendo e respondendo à revelação de Deus. Aquilo que cremos se reflete na maneira como oramos.
3. A Liturgia do Culto Luterano capacita para a vida cristã
Os termos “culto cristão” e “liturgia cristã” no sentido restrito se referem à reunião do povo cristão ou de pessoas cristãs, em nome de Jesus. (Mt 18.20; 1 Co 5.4; 11.17, 18, 20, 33, 34; 14.23, 26) Neste sentido o Novo Testamento usa também o termo “o partir do pão” (cf. At 2. 42; 20.7) indicando que no centro destas reuniões estava a celebração da Santa Ceia.
No sentido amplo estes termos abraçam também toda a fé e vida cristãs. (Rm12.1; Tg 1.27; Hb 13.16) De modo que a liturgia do culto cristão nos acolhe com as nossas experiências da vida diária, prepara-nos e nos envia de volta para a vida cristã. O culto na igreja de forma alguma substitui o nosso servir a Deus no dia a dia.
Provavelmente é esta visão do culto cristão que evita que a liturgia de nossos cultos se resuma a manifestações entusiastas e passageiras.
4. O culto divino da Nova Aliança
Para a Igreja de Jesus Cristo existe somente um culto de reconciliação pelos nossos pecados: A paixão e morte de Jesus Cristo na cruz. Por isso na Nova Aliança são abolidos, de uma vez por todas, os sacrifícios ou outros serviços religiosos para obter-se reconciliação ou méritos perante Deus. Deus quer que o fruto deste sacrifício de Cristo – o perdão dos pecados, a justificação, a paz com Deus – seja oferecido e distribuído, gratuitamente, pela pregação do Evangelho e pelo uso dos sacramentos. Assim três ações cúlticas são ordenadas para nos conferir a salvação:
a. A proclamação do Evangelho (incluindo a lei) que poderá acontecer de muitas maneiras.
b. O Batismo com água em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
c. A celebração da Santa Ceia de acordo com a instituição do Senhor Jesus Cristo.
A proclamação do Evangelho verdadeiro e o reto uso dos sacramentos são para a Igreja do Evangelho (da Nova Aliança) os meios da graça, pelos quais Deus dá o Espírito Santo, onde e quando lhe apraz, o qual por sua vez opera a fé salvadora nas pessoas e as capacita para a nova obediência (cf. Confissão de Augsburgo Art. V e VI, pg. 66 do Hinário Luterano).
5. A resposta da pessoa cristã
A pessoa cristã, que experimentou a salvação de Cristo pela fé, responde à proclamação da graça e do amor de Deus. (Mt 16.16; Jo 6.68,69) O testemunho da fé e o louvor fazem parte do culto. Também a oração, na qual o cristão agradece e louva a Deus por todos os seus benefícios e na qual implora para si e para outros a graça de Deus, faz parte do culto cristão regular da mesma forma como a pregação e os sacramentos. E para que a resposta da pessoa agradecida pela ação amorosa de Deus não seja somente uma confissão de lábios (Is 29.13 etc.) e para lembrar que o culto a Deus continua quando termina a liturgia na igreja, também haverá lugar na ordem litúrgica do culto para o ofertar de dinheiro e bens. Estas manifestações evidenciam também a comunhão real que Deus mesmo estabelece no culto cristão através do seu agir.
6. As características essenciais do culto cristão
Podemos assim considerar quatro características indispensáveis do culto cristão regular: A proclamação da Palavra, o uso dos sacramentos, as manifestações de comunhão e as orações. Estas características já são praticadas na igreja primitiva de Jerusalém (At 2.42) e são também essenciais para a ordem litúrgica do culto dominical regular da Igreja Luterana.
7. As características variáveis (Adiáforos)
Em nossas ordens de culto (liturgias) devemos distinguir entre aquilo que foi ordenado ou proibido por Cristo e aquilo que podemos realizar de acordo com a liberdade cristã, levando em consideração a cultura, os costumes e as condições de cada igreja e época. O que está sujeito à liberdade cristã, a teologia luterana chama de “adiáforos” (coisas indiferentes), que são instituídas por causa da boa ordem, decoro, enriquecimento e contextualização do culto. Referem-se à sequencia das partes do culto, o tempo do culto, o espaço do culto e sua decoração, a forma das orações, cantos, música e instrumentos, pinturas, vestes, gestos como ajoelhar-se, fazer o sinal da cruz, levantar ou juntar as mãos etc.
Nesta matéria existem muitas possibilidades, já que a Bíblia não estabelece leis em relação a ela. Por isso, neste sentido não se pode estabelecer leis cuja observância seja necessária para a salvação. Estas variáveis do culto cristão também não são motivos para divisão na igreja de Cristo (cf. Confissão de Augsburgo Art.VII, 3 pg. 66 do Hinário Luterano) e deve-se levar em conta na sua aplicação “os fracos na fé” (cf. Rm 14) que eventualmente possam “escandalizar-se” com determinadas regulamentações.
8. O que visa o bem comum é acolhido com amor
Mas, também é uma característica da comunhão cristã de, em amor, submeter-se a uma forma estabelecida para o bem comum e que corresponda à verdadeira fé crista. O estabelecer de tais ordens e cerimônias, que são da alçada da comunidade / igreja / sínodo, deve ser de acordo com o evangelho. Precisa-se respeitar também o conselho apostólico em 1 Co 14.40, “que tudo seja feito com decência e ordem” . Tais ordens procurarão facilitar a participação do culto comunitário no seu contexto concreto, sem eliminar ou diminuir as características essenciais.
É aconselhável, até onde o evangelho o permita, que se proceda nestes assuntos de maneira comprometida com a tradição da igreja cristã, para evitar caminhos e atitudes não convenientes e para tornar visível por muitas gerações a unidade no uso dos meios da graça, na prática da fé e no orar. Isto serve também para facilitar a vivência da fé cristã e para conservar (individualmente e de forma coletiva) o conteúdo das verdades reveladas que não mudam.
Conclusão:
Temos a certeza de que o nosso culto luterano, realizado de maneira alegre, consciente e contextualizado, é uma das melhores marcas de qualidade da nossa igreja e da nossa confessionalidade luterana, sendo, portanto, um excelente testemunho da nossa fé.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
Arquivo doc
No fim do post veja o link para arquivo .doc.
A Liturgia Comum do Distrito Rio de Janeiro
1º Estudo: A Liturgia do Culto Cristão Luterano *
Introdução:
A comissão, composta pelos pastores Leonerio Faller, coordenador, K. Hermann G. Auel, e Paulo S. Albrecht, encarregada de elaborar uma ordem litúrgica comum para o Distrito Rio de Janeiro da IELB, na base da Ordem do Culto Principal II do Hinário Luterano, elaborou e apresenta esta série de quatro estudos que acompanham a LITURGIA COMUM DO DISTRITO RIO DE JANEIRO, aprovada na reunião do Conselho Distrital de 02 de Agosto de 2009.
Estes estudos visam estimular os cristãos luteranos a fazerem um bom uso do tesouro que recebemos em nossa herança litúrgica, para o nosso próprio bem e para o bem das pessoas de nossos dias que estão se perdendo em cultos “pop” de religiosidade humana, os quais amplamente perderam Cristo como centro de sua fé e de seus cultos.
1. A Liturgia do Culto Cristão é um acontecimento dialogado
Dr. Martinho Lutero, na inauguração da capela do Castelo de Thorgau em Outubro de 1544 definiu a essência do culto cristão assim: “que nele nada mais aconteça além de que o nosso querido Senhor pessoalmente fale conosco através da sua santa Palavra (inclui os sacramentos: Batismos e Santa Ceia) e que por outro lado nós falemos com ele através da oração e dos hinos de louvor.”
Estas palavras de Lutero lembram que o culto cristão é, e sempre foi, um acontecimento dialogado: Deus age em nossa vida por meio da Palavra e dos sacramentos, e nós manifestamos a nossa resposta para Deus. Importante é que a iniciativa para o nosso culto parte de Deus. Ele realizou todo o necessário para a nossa salvação e com os meios da graça, Palavra e Sacramentos, o próprio Deus possibilita que os cristãos lhe rendam culto e lhe dediquem toda a sua vida.
2. A liturgia do Culto da Igreja Luterana tem história
Enquanto as verdades que Deus transmite, por meio da sua Palavra e dos sacramentos, não mudam, a forma como o povo de Deus responde ao agir de Deus está sujeita a constantes mudanças, que aqui não podem ser apresentadas em detalhes. Queremos falar da ordem litúrgica do Culto da Igreja Luterana que remonta à caminhada do povo de Deus na Antiga Aliança e que se desenvolveu durante dois mil anos na cristandade. Ela é reflexo e expressão da fé e vida cristãs com os seus altos e baixos, acolhendo e respondendo à revelação de Deus. Aquilo que cremos se reflete na maneira como oramos.
3. A Liturgia do Culto Luterano capacita para a vida cristã
Os termos “culto cristão” e “liturgia cristã” no sentido restrito se referem à reunião do povo cristão ou de pessoas cristãs, em nome de Jesus. (Mt 18.20; 1 Co 5.4; 11.17, 18, 20, 33, 34; 14.23, 26) Neste sentido o Novo Testamento usa também o termo “o partir do pão” (cf. At 2. 42; 20.7) indicando que no centro destas reuniões estava a celebração da Santa Ceia.
No sentido amplo estes termos abraçam também toda a fé e vida cristãs. (Rm12.1; Tg 1.27; Hb 13.16) De modo que a liturgia do culto cristão nos acolhe com as nossas experiências da vida diária, prepara-nos e nos envia de volta para a vida cristã. O culto na igreja de forma alguma substitui o nosso servir a Deus no dia a dia.
Provavelmente é esta visão do culto cristão que evita que a liturgia de nossos cultos se resuma a manifestações entusiastas e passageiras.
4. O culto divino da Nova Aliança
Para a Igreja de Jesus Cristo existe somente um culto de reconciliação pelos nossos pecados: A paixão e morte de Jesus Cristo na cruz. Por isso na Nova Aliança são abolidos, de uma vez por todas, os sacrifícios ou outros serviços religiosos para obter-se reconciliação ou méritos perante Deus. Deus quer que o fruto deste sacrifício de Cristo – o perdão dos pecados, a justificação, a paz com Deus – seja oferecido e distribuído, gratuitamente, pela pregação do Evangelho e pelo uso dos sacramentos. Assim três ações cúlticas são ordenadas para nos conferir a salvação:
a. A proclamação do Evangelho (incluindo a lei) que poderá acontecer de muitas maneiras.
b. O Batismo com água em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
c. A celebração da Santa Ceia de acordo com a instituição do Senhor Jesus Cristo.
A proclamação do Evangelho verdadeiro e o reto uso dos sacramentos são para a Igreja do Evangelho (da Nova Aliança) os meios da graça, pelos quais Deus dá o Espírito Santo, onde e quando lhe apraz, o qual por sua vez opera a fé salvadora nas pessoas e as capacita para a nova obediência (cf. Confissão de Augsburgo Art. V e VI, pg. 66 do Hinário Luterano).
5. A resposta da pessoa cristã
A pessoa cristã, que experimentou a salvação de Cristo pela fé, responde à proclamação da graça e do amor de Deus. (Mt 16.16; Jo 6.68,69) O testemunho da fé e o louvor fazem parte do culto. Também a oração, na qual o cristão agradece e louva a Deus por todos os seus benefícios e na qual implora para si e para outros a graça de Deus, faz parte do culto cristão regular da mesma forma como a pregação e os sacramentos. E para que a resposta da pessoa agradecida pela ação amorosa de Deus não seja somente uma confissão de lábios (Is 29.13 etc.) e para lembrar que o culto a Deus continua quando termina a liturgia na igreja, também haverá lugar na ordem litúrgica do culto para o ofertar de dinheiro e bens. Estas manifestações evidenciam também a comunhão real que Deus mesmo estabelece no culto cristão através do seu agir.
6. As características essenciais do culto cristão
Podemos assim considerar quatro características indispensáveis do culto cristão regular: A proclamação da Palavra, o uso dos sacramentos, as manifestações de comunhão e as orações. Estas características já são praticadas na igreja primitiva de Jerusalém (At 2.42) e são também essenciais para a ordem litúrgica do culto dominical regular da Igreja Luterana.
7. As características variáveis (Adiáforos)
Em nossas ordens de culto (liturgias) devemos distinguir entre aquilo que foi ordenado ou proibido por Cristo e aquilo que podemos realizar de acordo com a liberdade cristã, levando em consideração a cultura, os costumes e as condições de cada igreja e época. O que está sujeito à liberdade cristã, a teologia luterana chama de “adiáforos” (coisas indiferentes), que são instituídas por causa da boa ordem, decoro, enriquecimento e contextualização do culto. Referem-se à sequencia das partes do culto, o tempo do culto, o espaço do culto e sua decoração, a forma das orações, cantos, música e instrumentos, pinturas, vestes, gestos como ajoelhar-se, fazer o sinal da cruz, levantar ou juntar as mãos etc.
Nesta matéria existem muitas possibilidades, já que a Bíblia não estabelece leis em relação a ela. Por isso, neste sentido não se pode estabelecer leis cuja observância seja necessária para a salvação. Estas variáveis do culto cristão também não são motivos para divisão na igreja de Cristo (cf. Confissão de Augsburgo Art.VII, 3 pg. 66 do Hinário Luterano) e deve-se levar em conta na sua aplicação “os fracos na fé” (cf. Rm 14) que eventualmente possam “escandalizar-se” com determinadas regulamentações.
8. O que visa o bem comum é acolhido com amor
Mas, também é uma característica da comunhão cristã de, em amor, submeter-se a uma forma estabelecida para o bem comum e que corresponda à verdadeira fé crista. O estabelecer de tais ordens e cerimônias, que são da alçada da comunidade / igreja / sínodo, deve ser de acordo com o evangelho. Precisa-se respeitar também o conselho apostólico em 1 Co 14.40, “que tudo seja feito com decência e ordem” . Tais ordens procurarão facilitar a participação do culto comunitário no seu contexto concreto, sem eliminar ou diminuir as características essenciais.
É aconselhável, até onde o evangelho o permita, que se proceda nestes assuntos de maneira comprometida com a tradição da igreja cristã, para evitar caminhos e atitudes não convenientes e para tornar visível por muitas gerações a unidade no uso dos meios da graça, na prática da fé e no orar. Isto serve também para facilitar a vivência da fé cristã e para conservar (individualmente e de forma coletiva) o conteúdo das verdades reveladas que não mudam.
Conclusão:
Temos a certeza de que o nosso culto luterano, realizado de maneira alegre, consciente e contextualizado, é uma das melhores marcas de qualidade da nossa igreja e da nossa confessionalidade luterana, sendo, portanto, um excelente testemunho da nossa fé.
K. Hermann G. Auel, pastor emérito.
* Para uso interno do DRJ da IELB.
Para a elaboração deste estudo foram usadas várias fontes da Literatura e Manuais sobre o Culto Luterano: Principais autores: David Karnopp, Friedrich Kalb, Gert Kelter, Oscar Lehenbauer, Ralph Bente. Arquivo doc
Liturgia Distrito Rio de Janeiro
Há um ano o Distrito Rio de Janeiro, por iniciativa de seus pastores estudou a Liturgia Luterana. Foram três estudos no grupo de pastores e, então, foi criada uma comissão para continuar estudando o assunto e propor uma liturgia única ao DRJ (Distrito Rio de Janeiro).
Depois de muito estudo, reflexão e novos estudos, foi sugerida uma liturgia que, por decisão da assembleia distrital, deverá ser usada pelo menos uma vez por mês no distrito.
Esta liturgia também deveria servir por base para novas "ordens litúrgicas especiais", para evitar a multiplicação de modelos distintos e seguir certa ordem.
A primeira vez que a liturgia foi usada, na maioria das congregações, foi no fim de semana da Reforma.
O mesmo material já foi foi enviado a nossos líderes quanto à liturgia e, eles mesmos, como o Prof. Raul Blum, sugeriram a divulgação do material. E isto faço agora.
Introduzindo o uso da Liturgia
Para a implantação da Liturgia foram oferecidos materiais de estudos, elaborados pelo pastor emérito Hermann Auel. Tais estudos (4 estudos e 1 anexo) foram usados não simplesmente para introduzir uma "nova liturgia", mas para conhecer ou relembrar muitas características de nossa herança litúrgica.
Algo que foi constantemente enfatizado pelo autor dos estudos é que a liturgia não é do pastor e sim da comunidade. E não é o pastor que decide usar esta ou aquela, ou mudar conforme melhor lhe agrade, mas é algo de propriedade da Igreja.
Os estudos estarão neste blog em diretamente em posts, mas também em arquivos para baixar. A liturgia estará apenas em arquivos para baixar e imprimir para o uso.
Depois de muito estudo, reflexão e novos estudos, foi sugerida uma liturgia que, por decisão da assembleia distrital, deverá ser usada pelo menos uma vez por mês no distrito.
Esta liturgia também deveria servir por base para novas "ordens litúrgicas especiais", para evitar a multiplicação de modelos distintos e seguir certa ordem.
A primeira vez que a liturgia foi usada, na maioria das congregações, foi no fim de semana da Reforma.
O mesmo material já foi foi enviado a nossos líderes quanto à liturgia e, eles mesmos, como o Prof. Raul Blum, sugeriram a divulgação do material. E isto faço agora.
Introduzindo o uso da Liturgia
Para a implantação da Liturgia foram oferecidos materiais de estudos, elaborados pelo pastor emérito Hermann Auel. Tais estudos (4 estudos e 1 anexo) foram usados não simplesmente para introduzir uma "nova liturgia", mas para conhecer ou relembrar muitas características de nossa herança litúrgica.
Algo que foi constantemente enfatizado pelo autor dos estudos é que a liturgia não é do pastor e sim da comunidade. E não é o pastor que decide usar esta ou aquela, ou mudar conforme melhor lhe agrade, mas é algo de propriedade da Igreja.
Os estudos estarão neste blog em diretamente em posts, mas também em arquivos para baixar. A liturgia estará apenas em arquivos para baixar e imprimir para o uso.
Karaokê para eventos
O Pr. Darly Pagung disponibilizou um hino para momentos de saudação em trabalhos de grupos diversos, palestras, aulas, congressos etc. Para tal é só mudar/adaptar a primeira linha do hino com a versão vazio.
Por exemplo: Família luterana; Povo luterano; Jovem luterano e Criança luterana... É um HINO de autoria própria e o pastor autorizou o uso.
O arquivo é de áudio e vídeo karaokê no formato WMV com 45 MB de tamanho.
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